O que é preciso para me normalizar? Talvez o normal seja o meu anormal. E esse anormal sintetize o que está por trás de mim. Não sei explicar muito bem o que se passar dentro do meu corpo. E isso engloba meus pensamentos, sentimentos e movimentos. Tanto a pausa quanto a transição.
Às vezes parece que estou contra mim. Luto comigo o tempo todo. Ora estou a meu favor, ora contra. Só espero que isso não me destrua um dia. Como já me destrói, por vezes. Meu coração dispara e eu sinto uma instabilidade incrível. Meu corpo parece que vai tombar-se em qualquer momento. Minha ansiedade me corrói e insiste uma máquina do tempo. Para o futuro ou para o passado. Quando na verdade preciso de uma máquina que me traga para o presente. Presente que é difícil de lhe dar. Meus instintos quase que escondem-se do presente. Não para que o presente não possa me ver. Mas para fugir mesmo. Fujo dele dentro de mim. À princípio, parece que fujo em outros. Mas é só o que parece.
Tenho coisas a fazer. Assuntos acadêmicos me assombram e eu não consigo encará-los como sei que sou capaz, pois meus assuntos psico-bélicos me fuzilam e insistem serem vistos e tratados. E pra que tudo passe, tenho vontade de dormir (literalmente) para que o tempo passe e eu não veja. Mas não adianta! O tempo passa e o mundo passa, as coisas passam, o mundo físico transita e vai me deixando cada vez mais pra trás. Aí, para alcançá-lo, a corrida é mais longa e drástica. Talvez drástica porque eu a torne assim, pois, como já falei antes, costumo me sabotar. Pareço ser prático mas na minha complexidade só eu mexo. Ou alguém dá uma mexida pra me mostrar que não é tão difícil assim. Assim como eu faço com outros.
Vou vivendo. E vivendo com os outros. Vivendo como os outros. Do meu modo. E quando algum assunto passa a ser complexo para esse outro, faço de tudo para tornar o assunto simples para o outro fazendo com que nossas semelhanças pareçam simples. Não é simples para mim. É simples vendo nos outros. Mas para mim, não.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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